Exames para detectar problemas nos rins

Quais os principais exames para detectar problemas nos rins?

Os principais exames para detectar problemas nos rins são:

Dosagem da creatinina e ureia no sangue
Exame de urina tipo 1 ou estudo do sedimento urinário

Para avaliar alterações na anatomia do rim, inicialmente se realiza o:

Ultrassom de rins e vias urinárias.

Quem é o médico que dos rins?

O médico especialista em doenças renais é o Nefrologista.

A Dra Bruna Rodrigues é médica Nefrologista em São Paulo. Ela é formada pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Ela é especialista em interpretar exames de ureia, creatinina e urina 1, podendo te ajudar a detectar doenças nos rins.

Dra Bruna estudou 6 anos de faculdade e 4 anos de especialização em Clínica Médica e Nefrologia. Continua em constante atualização através de congressos, cursos e artigos científicos.

Atualmente ela é médica assistente do Serviço de Hemodiálise do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Você sabe o que é creatinina? O que significa creatinina alta no sangue?

Talvez vocês já tenham visto o exame “creatinina” que frequentemente é solicitado nos exames de rotina. É principalmente através dele que avaliamos como está o funcionamento dos rins.

A Creatinina é uma molécula derivada da Creatina que é encontrada principalmente no nosso músculo (sendo uma molécula essencial para o fornecimento de energia para nossas fibras musculares). Uma vez produzida a Creatinina por nossas células, ela vai para o nosso sangue e posteriormente é eliminada por nossos rins. Caso os rins não estejam filtrando adequadamente, menos creatinina sai na urina e maiores os níveis da creatinina no sangue. Logo, creatinina alta significa que os rins estão funcionando menos. Saiba mais sobre doença renal crônica.

A partir dos seus níveis no sangue, fazemos o cálculo para estimar a taxa de filtração pelos rins, ou seja, o quanto os rins do paciente funcionam.

Você sabe o valor da sua creatinina?

Precisa de jejum para coletar creatinina?

Não, esse exame pode ser coletado em qualquer horário do dia e com ou sem jejum.

Urina tipo 1

O exame do sedimento urinário consiste em uma avaliação das características da urina do paciente. Nele são avaliadas a presença de proteína, sangue, glicose, cristais e células inflamatórias. A depender das alterações observadas, são necessários exames complementares de urina.

Como coletar o exame de Urina tipo 1?

Para se realizar o exame de urina 1 deve-se coletar uma pequena quantidade de urina no recipiente adequado e levar o mais rapidamente possível para o laboratório. Caso não possa levar imediatamente, é possível armazenar a amostra por no máximo 1 hora na geladeira.

Idealmente recomenda-se a coleta da primeira urina do dia, mas pode ser coletada em qualquer outro horário do dia, desde que esteja há pelo menos 2 horas sem urinar.

No momento da coleta deve-se realizar a higiene da região íntima e, preferencialmente, desprezar o primeiro jato da urina e então coletar o jato médio (visando reduzir a chance de contaminação da amostra).

Caso a paciente esteja menstruada ou utilizando cremes vaginais, idealmente deve se adiar a coleta do exame pois pode haver interferência na interpretação. Deve-se esperar pelo menos 72h após interrupção para a coleta da amostra ou discutir o momento adequado da coleta do exame com seu médico nefrologista. Bruna Rodrigues é médica nefrologista formada pela USP.

A realização de exames que utilizam contraste iodado também pode interferir nos achados do exame, devendo também esperar pelo menos 48 horas após exposição para coleta da amostra ou discutir o momento adequado da coleta do exame com seu médico.

Proteína e sangue na urina

Eu costumo dizer que nossos rins são como uma peneira e, em determinadas doenças renais, os orifícios acabam se tornando muito largos e permitem passar moléculas que não deveriam estar deixando passar, entre elas:

Proteínas
Sangue (hemácias)

Em parte dos casos isso pode ser visualizado pelo exame de urina 1 explicado acima, mas pode ser importante avaliarmos outros aspectos:

Proteína
- Tipo
- Quantidade
Sangue ou hemácias (que são as células vermelhas do sangue)
- Inteiras ou fragmentadas

Caso seja detectada alguma dessas alterações no seu exame de urina é essencial a avaliação por um médico especialista em rim. Bruna Rodrigues é médica especialista em doenças renais. Leia mais sobre proteína na urina.

Saiba mais sobre o médico especialista em doenças renais.

Urina de 24 horas

Caso sejam detectadas alterações nos exames iniciais, por vezes é necessário avaliar a concentração de algumas substâncias na urina durante um período de 24 horas.

É essencial a coleta adequada para evitar erros de interpretação.

Quando se fala de urina de 24h deve-se coletar a urina produzida durante 24 horas. Logo, ao acordar, deve-se desprezar a primeira urina e a partir desse horário, coletar todas as urinas do dia e armazenar em um recipiente na geladeira até o mesmo horário do dia seguinte.

Por exemplo, ao acordar e realizar a primeira urina no vaso sanitário às 8h da manhã, coletar todas as urinas realizadas até às 8h da manhã do dia seguinte e então levar o recipiente para o laboratório.

É importante não deixar de coletar nenhuma urina do dia, caso esqueça ou derrame alguma amostra é preciso reiniciar a coleta.

O armazenamento da urina deve ser realizado em recipiente apropriado, geralmente ofertado pelo laboratório que irá receber a amostra.

Ultrassonografia de rins e vias urinárias

Em geral, o primeiro exame realizado para avaliar a anatomia dos rins e do sistema urinário é o ultrassom.

Ele permite ver o tamanho e as características dos rins que podem estar alteradas nas doenças renais. Na doença renal crônica em estágio avançado, por exemplo, o rim tende a reduzir de tamanho com o avançar da doença.

Além disso, é através dele que se pode detectar algumas alterações congênitas como rim único ou rim em ferradura.

Em caso de suspeita de infecção do sistema urinário, o exame pode ser útil para identificar complicações (como abscessos renais) ou malformações que predispõem à ocorrência da infecção repetida.

Nos casos de suspeita de pedras nos rins, esse exame também pode ser útil. No entanto, na maior parte das vezes será necessária uma tomografia de abdome sem contraste para melhor visualização dos cálculos.

Fontes

http://sbn.org.br

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